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Conhecendo o HTML5: Parte I – História e Visão

Após alguns meses afastado, retorno hoje com o início de uma série sobre HTML5. Aqui, pretendo trazer as novidades da nova versão desta linguagem de marcação.

Bom, sem mais delongas, vamos ao que interessa...

O começo

Desenvolvido originalmente por Tim Berners-Lee, o HTML ganhou popularidade quando o Mosaic (browser desenvolvido por Marc Andreessen na década de 1990) ganhou força. Neste momento em diante, desenvolvedores e fabricantes de browsers utilizaram o HTML como base, compartilhando as mesmas convenções.
Depois disso, entre 1993 e 1995, o HTML ganhou novas versões mas ainda não era tratada como um padrão. Apenas em 1997, quando foi lançada a versão 3.2 da linguagem, ela começou a ser usada como prática comum.

Mosaic Browser, cliente web desenvolvido por Marc Andreessen nos anos 90.
O WHATWG

Em 2004, desenvolvedores de empresas como Mozilla, Apple e Opera não estavam satisfeitos com o caminho que a Web estava tomando e nem com o rumo do XHTML. Por tal motivo, eles começaram a escrever o que seria conhecida hoje como HTML5, separadamente do W3C (grupo responsável pelo padrão do código). Apenas em 2006 a W3C reconheceu o árduo trabalho do grupo.

Visão geral do HTML 5

Em versões antigas do HTML, os desenvolvedores não prestavam muita atenção em boas práticas. O que era feito deveria funcionar e deu, não importando como o código final ficasse. Por isso, quando o HTML4 foi lançado, a W3C comentou sobre algumas boas práticas que deveriam ser seguidas durante o desenvolvimento. Foi nesta época que acessibilidade e a separação de códigos em outros arquivos surgiram.

Mas o HTML4 ainda pecava em alguns aspectos como a semântica do código, manipulação de elementos via Javascript ou CSS, por isso havia tanta necessidade de uma atualização na linguagem.

Agora, o HTML5 permite, por meio de suas API's, a manipulação de características dos elementos CSS e Javascript, de forma que o site continue leve e funcional.
Há também a criação de novas tags, exclusão de algumas e modificações em funções de outras.

Logo oficial do HTML 5.
Umas das novas características mais interessantes é a possibilidade de criação de seções comuns como cabeçalho, menus, rodapé e etc. Agora, é uma prática universal.
Podemos dizer agora que o HTML 5 modifica a forma como escrevemos e organizamos o nosso código. Temos mais semântica com menos código e mais interatividade sem perda de performance, sem contar que agora, a página poderá ser visualizada em outros dispositivos - como tablets, smartphones – com mais eficácia.

Suporte ao HTML 5

Atualmente, temos muitos dispositivos que acessam a internet. Desktops, laptops, tablets, smartphone entre outros, cada um possui um determinado browser para o acesso.
Há muitas diferenças entre esses browsers como motores de renderização, compatibilidade e etc. Por esse motivo, há uma grande dificuldade para os desenvolvedores manterem um bom nível, um bom padrão de compatibilidade.
Um motor de renderização é responsável pelo processamento do código da página. O problema é que, entre os motores disponíveis do mercado, há muitas diferenças entre os mesmos.

Segue a lista dos browsers com seus respectivos motores:

Motor    -    Browser
Webkit        Safari, Google Chrome
Grecko        Mozilla Firefox
Trident        Internet Explorer (versão 4 ao 9)
Presto          Opera (versão 7 ao 10)

O recomendado é deixar seu código compatível com todos esses motores para ter um sucesso maior com os usuários.

Atualmente, o Webkit é o motor que mais dá compatibilidade com o HTML5. Um código bom para esse motor, você terá sucesso com o Safari e o Chrome além dispositivos como o Blackberry, IOS e Android.

O que mais preocupa os desenvolvedores é a falta de compatibilidade de browsers como o Internet Explorer. No IE9, a Microsoft fez um bom trabalho com as novas tecnologias, porém, versões anteriores não possuem quase nenhum suporte ao HTML5, o que gera, além de dor de cabeça, muito trabalho extra para quem trabalha com o desenvolvimentos web. Com a falta de compatibilidade, as aplicações não funcionaram de forma correta (ou quase nada) nesses navegadores antigos.

Nos últimos tempos, campanhas para fazer o usuário atualizar seu navegador surgiram e estão ajudando, porém, o que mais me incomoda nisso é saber que a maioria dos usuários, ainda usam esse tipo de navegador. Mas tudo bem, eu acredito no futuro!

Eterna batalha dos navegadores web.
Pois bem, encerra-se aqui a primeira parte do estudo sobre HTML5. Acredito que, antes de mais nada, é bom saber um pouco da história e conhecer essa parte mais teórica para depois ir para a prática!
Espero que tenho gostado e qualquer feedback sobre o post é muito importante para mim! :-)

Obrigado pela leitura, até mais! 

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